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Ministério Público assume ação judicial movida por ex-vereador de São Julião contra adversários

No processo que tramita na 40ª Zona Eleitoral, o prefeito o vice do município respondem por abuso de poder político e econômico durante as eleições 2012

Com a morte de Emídio Reis (PMDB), no dia 31 de janeiro deste ano, o Ministério Público resolveu assumir a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que o ex-vereador moveu em dezembro de 2012 para cassar o mandato de seus adversários políticos de São Julião, município localizado a 382 km da capital.

No processo que tramita no Cartório Eleitoral de Fronteiras, sede da 40ª Zona Eleitoral, o prefeito José Francisco de Sousa, o Zé de Neci (PT), e seu vice, José Francimar (PP), respondem por abuso de poder político e econômico durante as eleições do ano passado.

No dia 19 de fevereiro o promotor Túlio Ciarlini Mendes avaliou os autos e decidiu substituir a parte autora, anexando ao processo o atestado de óbito do político.

Segundo o juiz Marco Antônio Moura Mendes as primeiras audiências relacionadas ao caso serão marcadas somente em abril ou maio.

"Como estou no mutirão [carcerário organizado pela Corregedoria do Tribunal de Justiça do Piauí], só vou analisar os autos nos próximos meses, quando retornar para a Comarca", justifica o juiz.

Em 2010, Zé Neci sofreu um processo semelhante que resultou no afastamento temporário do seu primeiro mandato como prefeito. Mas, meses depois, o Tribunal Regional Eleitoral do Piauí reformou a sentença de primeira instância e absolveu o gestor.

De acordo com o inquérito da Polícia Civil, o assassinato do ex-vereador tem ligação direta com a ação judicial movida por ele. O vice-prefeito José Francimar e outras quatro pessoas estão cumprindo prisão temporária na capital, acusados de participação no crime.

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