Presidente da Agespisa revela que é necessário R$ 3,5 bilhões para amenizar os problemas em Teresina
Antônio Filho aponta que só a folha de pagamento da Agespisa absorve R$ 13,5 milhões por mês e deve-se, ao excesso de cargos - cerca de 1.300 efetivos e 1.000 terceirizados
Em reunião com o deputado federal Marllos Sampaio (PMDB) na manhã de ontem (15), o presidente da Agespisa, Antônio Filho, afirmou que para resolver os problemas na rede de águas e esgotos da capital, o órgão precisaria de recursos na ordem de R$ 3,5 bilhões.
Desde outubro do ano passado – quando ocorreram as explosões na Estação de Tratamento de Água na zona sul da cidade – o abastecimento de água em Teresina não conseguiu se reestabelecer como deveria e segundo o gestor isso se deve à falta de investimento.
Antônio Filho aponta que só a folha de pagamento da Agespisa absorve R$ 13,5 milhões por mês. De acordo com ele, o valor é exorbitante e deve-se, ao excesso de cargos – cerca de 1.300 efetivos e 1.000 terceirizados –, aos altos salários pagos aos funcionários que chegam a R$ 27 mil e aos pagamentos feitos aos aposentados que recebem cerca de R$ 25 mil.
O gestor completa ainda que o orçamento da companhia pesa ainda mais, com os vazamentos encontrados nas tubulações que chegam a custar R$ 3,5 milhões na conta de energia elétrica. O presidente revela ainda que a despesa é ainda maior já que é preciso mais energia para aumentar a pressão para que a água chegue até às regiões mais altas da cidade.
Ainda existem gastos que oneram a folha da Agespisa, como a compra de substâncias utilizadas para tratar a água, sendo R$ 5 milhões para Teresina e R$ 4 milhões para as cidades do interior e o pagamento da empresa terceirizada que faz todos os serviços de manutenção como leitura dos hidrômetros, cortes no fornecimento e conserto de buracos nas vias públicas.
A solução para o caso seria a obtenção de investimentos, mas segundo ele, a sucessão de más gestões não permitem muitos avanços por conta de dívidas acumuladas.
"A Agespisa está com o nome sujo há mais de 14 anos. Ninguém nos vende fiado, e quando vende é com o preço lá em cima porque sabe da morosidade no pagamento. Eu não vou fazer grandes investimentos na Agespisa, mas vou avançar muito na transparência", afirmou.
Sobre o quadro da Agespisa, o deputado Marllos Sampaio declarou que desconhecia a gravidade da situação da companhia. "Infelizmente as notícias não são nada animadoras para os teresinenses, mas acredito que o presidente, com seu trabalho de transparência e independência política, terá coragem de seguir em frente", opina o parlamentar.
Parcelamento de dívidas
A Agespisa aprovou na semana passada uma resolução que garante facilitar o parcelamento de dívidas de inadimplentes de Teresina e do interior do Piauí.
Para os usuários que tem até três contas vencidas, os descontos podem ser de 50% a 100% nos encargos de juros, multa e correção monetária, dependendo do débito acumulado pelo usuário. As Prefeituras Municipais também poderão renegociar suas dívidas.
De acordo com Antônio Filho, a média de inadimplência chega a 16% ao mês e o índice só piora porque as decisões judiciais determinam o religamento da água de consumidores com dívidas.
"Como não temos foro privilegiado, qualquer juiz da Vara Cível pode mandar ligar a água de consumidores que devem. E não são só pessoas de baixa renda não. Também tem liminar mandando religar água de rico, de restaurante, de construtora... Nós temos hoje só em Teresina R$ 100 milhões para receber dos consumidores inadimplentes", calcula.
A resolução com as novas regras de negociação pode ser acessada através do link: Resolução para Parcelamento de Dívida.
Desde outubro do ano passado – quando ocorreram as explosões na Estação de Tratamento de Água na zona sul da cidade – o abastecimento de água em Teresina não conseguiu se reestabelecer como deveria e segundo o gestor isso se deve à falta de investimento.
Antônio Filho aponta que só a folha de pagamento da Agespisa absorve R$ 13,5 milhões por mês. De acordo com ele, o valor é exorbitante e deve-se, ao excesso de cargos – cerca de 1.300 efetivos e 1.000 terceirizados –, aos altos salários pagos aos funcionários que chegam a R$ 27 mil e aos pagamentos feitos aos aposentados que recebem cerca de R$ 25 mil.
O gestor completa ainda que o orçamento da companhia pesa ainda mais, com os vazamentos encontrados nas tubulações que chegam a custar R$ 3,5 milhões na conta de energia elétrica. O presidente revela ainda que a despesa é ainda maior já que é preciso mais energia para aumentar a pressão para que a água chegue até às regiões mais altas da cidade.
Ainda existem gastos que oneram a folha da Agespisa, como a compra de substâncias utilizadas para tratar a água, sendo R$ 5 milhões para Teresina e R$ 4 milhões para as cidades do interior e o pagamento da empresa terceirizada que faz todos os serviços de manutenção como leitura dos hidrômetros, cortes no fornecimento e conserto de buracos nas vias públicas.
A solução para o caso seria a obtenção de investimentos, mas segundo ele, a sucessão de más gestões não permitem muitos avanços por conta de dívidas acumuladas.
"A Agespisa está com o nome sujo há mais de 14 anos. Ninguém nos vende fiado, e quando vende é com o preço lá em cima porque sabe da morosidade no pagamento. Eu não vou fazer grandes investimentos na Agespisa, mas vou avançar muito na transparência", afirmou.
Sobre o quadro da Agespisa, o deputado Marllos Sampaio declarou que desconhecia a gravidade da situação da companhia. "Infelizmente as notícias não são nada animadoras para os teresinenses, mas acredito que o presidente, com seu trabalho de transparência e independência política, terá coragem de seguir em frente", opina o parlamentar.
Parcelamento de dívidas
A Agespisa aprovou na semana passada uma resolução que garante facilitar o parcelamento de dívidas de inadimplentes de Teresina e do interior do Piauí.
Para os usuários que tem até três contas vencidas, os descontos podem ser de 50% a 100% nos encargos de juros, multa e correção monetária, dependendo do débito acumulado pelo usuário. As Prefeituras Municipais também poderão renegociar suas dívidas.
De acordo com Antônio Filho, a média de inadimplência chega a 16% ao mês e o índice só piora porque as decisões judiciais determinam o religamento da água de consumidores com dívidas.
"Como não temos foro privilegiado, qualquer juiz da Vara Cível pode mandar ligar a água de consumidores que devem. E não são só pessoas de baixa renda não. Também tem liminar mandando religar água de rico, de restaurante, de construtora... Nós temos hoje só em Teresina R$ 100 milhões para receber dos consumidores inadimplentes", calcula.
A resolução com as novas regras de negociação pode ser acessada através do link: Resolução para Parcelamento de Dívida.
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