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Prefeituras gastam mais de R$ 430 mil em licitações para contratação de pousadas para doentes

Segundo o presidente da APPM, Arinaldo Leal, a contratação de hotéis em Teresina pelas prefeituras é comum e é justificada pela falta de estrutura da saúde no interior

Quatro prefeituras piauienses estão realizando licitações para contratação de pousadas, pensões ou hotéis para abrigar os moradores de seus municípios que vêm se tratar em Teresina.

De acordo com os dados das licitações realizadas em abril desse ano, os municípios de Ipiranga, Acauã, Anísio de Abreu e Picos vão gastar, juntos, R$ 430 mil com os serviços de hospedagem, alimentação e acompanhante de pacientes na capital.

A Prefeitura de Picos, município localizado a 330 km de Teresina, está realizando um pregão no valor de R$ 288 mil para contratar pousadas para hospedagem de pacientes da região.

Já a Prefeitura de Ipiranga (à 256 km de Teresina), prevê o gasto de R$ 50 mil com os serviços de hospedagem, alimentação e acompanhantes de doentes.  As prefeituras de Acauã (463 km) e de Anísio de Abreu (568 km da capital) também estão licitando para os serviços de hospedagem, alimentação e acompanhamento dos doentes, no valor de
R$ 57.600,00 e R$ 37.500,00 respectivamente.

Segundo o presidente da APPM (Associação Piauiense de Municípios), Arinaldo Leal (PSB), a contratação de hotéis em Teresina pelas prefeituras é comum e é justificada pela falta de estrutura da saúde no interior do Estado.

"Quase todos os municípios abrem licitação para contratar esse tipo de serviço. É uma prática bastante normal, já que no interior não tem estrutura para abrigar grandes centros de tratamento", explicou ele, que é prefeito do município de Vila Nova do Piauí, a 364 km ao sul de Teresina.

Arinaldo Leal revela ainda que algumas cidades não aparecem na lista de licitações porque já possuem casas em Teresina alugadas para abrigar seus doentes e afirma que todos gastos com os pacientes são de responsabilidade das prefeituras.

"Geralmente é pago a estadia e a alimentação. Nesse pacote também tem que estar incluso o acompanhamento para o hospital. Muitos não sabem nem andar em Teresina e precisam dessas pessoas para orientar", disse o presidente da APPM. Com informações do Jornal Diário do Povo.



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