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Prefeitura recua diante de exigências de sindicato, mas servidores decidem radicalizar greve

Servidores do município decidiram manter a greve geral da categoria, que completar mais de 40 dias.

Servidores do município decidiram manter a greve geral da categoria, que completar mais de 40 dias. Após uma reunião mediada com o Ministério Público do Trabalho, o secretário municipal de Administração, Sérgio Honório, relatou que na reunião da última terça-feira (02) houve encaminhamentos que indicavam para o fim da paralisação, mas até o momento o impasse continua.

Imagem: ReproduçãoServidores do município decidiram manter a greve geral da categoria, que completar mais de 40 dias. (Imagem:Reprodução)Servidores do município decidiram manter a greve geral da categoria, que completar mais de 40 dias.
Em nova reunião no dia seguinte os servidores saíram insatisfeitos do encontro na sede do MPE. Após acenar para uma possibilidade de acordo, o Executivo municipal voltou a endurecer e afirmou que só retomará as negociações com o fim do movimento grevista.

O representante da Prefeitura disse ainda que as reivindicações dos servidores não serão atendidas de imediato, menciona que a paralisação não é o caminho de solução dos problemas. "Há uma pauta extensa, tem que ser construído um diálogo ao longo do tempo; há muitos problemas de ordem gerencial no município, na saúde, na educação, na infraestrutura", defendeu o gestor.

Durante audiência mediada pelo MP o prefeito Firmino Filho enviou para a reunião o secretário Sérgio Honório como porta voz, que trouxe um tom mais radical à mesa de negociações com os servidores. Na primeira audiência essa função foi exercida pelo secretário de Governo, Luciano Nunes, ocasião que foi adotado um tom mais brando e o gestor chegou a admitir a possibilidade de diálogo mediante a suspensão da greve. A proposta, entretanto, foi descartada pelo prefeito.

Entre as reivindicações da categoria, que já inclui agentes de trânsito, profissionais de saúde e professores, está a reposição das perdas salariais, a convocação dos aprovados em concurso público e o pagamento de auxílio-transporte. o sindicato apresenta como prioridades a devolução imediata de todos os descontos feitos nos contracheques dos servidores grevistas e reajuste salarial de 46, 59% retroativo ao mês de março.

No mês de março o Tribunal de Justiça decretou a ilegalidade da greve dos servidores municipais. A decisão liminar foi do desembargador Fernando Carvalho Mendes que determinou que os grevistas retornassem as atividades, sob pena de pagamento de multa diária no valor de R$1 mil.

A multa por descumprimento da decisão judicial é de R$1 mil por ato infracionário. O Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina (Sindserm) e o Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Estado do Piauí (Sinatepi)  forão notificados da decisão.
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