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Prefeitura de Floriano denuncia obras em terrenos irregulares e construtoras culpam burocracia

Segundo o secretário municipal de Governo, algumas obras desrespeitam o plano diretor e as empresas alegam que precisam acelerar as construções mesmo sem autorização para não fechar.

A Prefeitura de Floriano, município localizado à 260 km de Teresina, denunciou a posse irregular de terrenos feita por construtoras registradas na cidade. De acordo com o Conselho Regional de Engenharia da cidade, cerca de 17 construtoras estão descumprindo o plano diretor.

César Pedrosa, secretário municipal de Governo, revelou que as empresas começam a realizar as obras sem os documentos necessários e em áreas proibidas.

Imagem: ReproduçãoCésar Pedrosa, secretário municipal de Governo(Imagem:Reprodução)César Pedrosa, secretário municipal de Governo

“Nós fizemos estudos e constatamos que o plano diretor do município não está sendo respeitado. Algumas construtoras solicitaram autorização para execução de obras de condomínios residenciais em áreas já definidas por lei municipal como setores industriais”, afirma César Pedrosa.

Para as construtoras a justificativa de acelerar as obras sem a autorização da prefeitura, se dá por conta dos entraves burocráticos e da demora na liberação de documentos, que estão fazendo com que algumas empresas, inclusive, fechem as portas.

"Nós queremos regularizar a obras, mas a gestão municipal dificulta este processo e somos obrigados a iniciar a construção sem toda documentação necessária. Se não fizermos isso, o empreendimento fica inviável, perdendo os empresários, trabalhadores e a população que quer adquirir aquele bem”, destaca Jurandir Peixoto, diretor de uma construtora sediada no município.

A posição do empresário também é defendida pelos trabalhadores da área. O carpinteiro Joaquim Neto revela, por exemplo, que por conta da demora na liberação de documentos, vários amigos já perderam o emprego.

“Sem a documentação, os patrões não podem realizar a obra e acabam tendo que demitir os trabalhadores. Esta demora da Prefeitura afeta desde os empresários a trabalhadores como eu e também minha família”, revela Joaquim Neto. Com informações do G1/PI.

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