Viagora

Deputado Robert Rios diz que a esperança se entregou às elites famintas

Robert avaliou como um momento triste a imagem de Lula abraçado a Paulo Maluf, cujo nome teria virado sinônimo de corrupção.

Retomando o tema do discurso de ontem (4), o deputado Robert Rios (PDT) voltou à tribuna para falar do “casamento da elite com a resistência” e cobrar “vergonha na cara” dos políticos, que teriam perdido a dignidade em nome da continuidade no poder. Rios lamentou que o projeto nacional, iniciado em 2002 com a eleição de Lula presidente e de Wellington Dias governador do Piauí tenha sido abandonado por conta do interesse pessoais ou de grupos de poder.
Imagem: DivulgaçãoRobert Rios Magalhães(Imagem:Divulgação)Robert Rios Magalhães

“Em 2002, Wellington Dias se elegeu governador vencendo as elites representadas pelo PFL, o mesmo acontecendo com o presidente Lula. Comemorávamos o fim do mando das elites... Hoje, vemos essas elites ressurgindo das cinzas, ocupando esses espaços... Em que momento nós fracassamos? Em que momento nos começamos a enfraquecer, a nos entregar aos encantos dessa gente?”, questionou.

O deputado lembrou que um marco na vida nacional sepultou definitivamente esse projeto nacional, de prioridade para o social. “Um marco nacional, o mensalão, mudou o curso da mudança, quando as esquerdas governavam e as elites estavam aprisionadas, distante do poder, essa direita maldita que nunca deixou o povo brasileiro ser feliz”.

Rios prosseguiu: “o homem mais poderosos do governo Lula, o deputado Zé Dirceu, teve que abandonar a Casa Civil e depois perdeu o mandato. Nesse momento, a velha direita ressurge das cinzas e passa a ameaçar Lula. Sentindo-se vulnerável, Lula abraça a direita representada pelo Sarney, que salvou o que podia ser salvo no governo, massacrado por todos os lados. A esperança se entregou às elites famintas para salvar o próprio pescoço. E nunca mais o governo foi o mesmo, nem conseguiu se livrar dessa elite maldita”.

Robert avaliou como um momento triste a imagem de Lula abraçado a Paulo Maluf, cujo nome teria virado sinônimo de corrupção. “Lula ao lado desse cidadão que não pode tirar os pés do Brasil porque é procurado pela Interpol, que virou sinônimo de corrupção...malufar”.

O deputado citou a Petrobras, que Rios diz ter sido loteada e entregue à direita. “A extrema direita confiscou os projetos, as propostas ricas, libertárias, que elegeram Lula, mas que ficaram perdidas na busca do poder. Hoje, o único projeto que existe é o eleitoral, de permanecer no mandato a qualquer custo, mesmo junto daqueles que desgraçaram o Piauí, vale tudo pelo poder. E ainda tem que vir aqui defender esse governo, mesmo com vergonha... repetir que se o lado de cá é ruim, o lado de lá é muito pior”.

Robert Rios recordou que quando as elites mandava no país e no Piauí, não havia concurso, o poder era rateado entre as elites. “Os cargos de engenheiro na Agespisa e na Cepisa, de professor na Universidade Federal, procurador do Iapep, tudo era repartido entre as elites... É contra tudo isso que eu me rebelo, não é contra o PT ou qualquer outro partido. Não podemos continuar a ceder às elites. Até no Maranhão, no Amapá, o povo é contra essa elite representada pelo Sarney... Por que tenho que me aliar a esse tipo de gente, que não tem calo na mão, não tem uma cárie no dente. E o camelô, a verdureira, o açougueiro, a quem cumprimentamos durante a campanha? Eles vão dizer: esse cara de pau agora estás e aliando a essa gente."
Mais conteúdo sobre:

Robert Rios

Facebook
Veja também