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PF gravou entregas de dinheiro para ex-assessor de Ciro Nogueira

Lava Jato registrou a movimentação em uma "ação controlada" em fevereiro.

A Operação Lava Jato, da Polícia Federal, gravou duas entregas de dinheiro a José Expedito Rodrigues Almeida, ex-assessor do senador Ciro Nogueira, no mês de fevereiro, em uma "ação controlada".

Segundo informações do G1, a PF planejou a ação juntamente com Almeida, responsável por denunciar um suposto esquema de propina de políticos do Progressistas, citando Ciro e o deputado Eduardo da Fonte.

O ex-assessor repassou à PF que o dinheiro era para comprar o seu silêncio. Foram feitas duas entregas, sendo uma de R$ 5 mil, em 26 de fevereiro, e outra de R$ 1 mil dois dias depois. As entregas teriam sido feitas pelo ex-deputado Márcio Junqueira, que foi preso na operação de terça-feira (24).  Nos autos da investigação, Almeida afirmou que os pagamentos foram feitos “com a ingerência direta desses dois [Ciro e Dudu]”, segundo o G1.

  • Foto: Facebook/Ciro NogueiraSenador Ciro NogueiraSenador Ciro Nogueira

Após a ação controlada, Ciro Nogueira, Eduardo da Fonte e Marcio Junqueira passaram a ser investigados por suspeita de obstrução de justiça. O advogado de Ciro Nogueira, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou em nota enviada ao G1 que não há "qualquer indício de envolvimento do senador com qualquer ilícito".

Já o advogado do ex-deputado disse que teve acesso aos autos e que só depois de ler todos os documentos entrará com algum tipo de medida junto ao STF.

Confira a nota da defesa de Ciro:

A defesa do Senador Ciro Nogueira vem esclarecer que no Inquérito que investiga obstrução de Justiça não existe, sequer en passant, qualquer indício de participação do Senador. Ciro Nogueira teve seu telefone interceptado e o relatório da Policia Federal é favorável ao Senador e diz expressamente que nenhuma das conversas do Senador teve qualquer relação com os fatos investigados. E mais toda a Ação Controlada que foi feita só pode ser usada em favor do Senador pois em nenhum momento ha qualquer indício de envolvimento do Senador com qualquer ilícito. O Senador irà prestar depoimento a Policia Federal para esclarecer o que for necessário mas ressalta a sua indignação por ter sido alvo de uma busca e apreensão sem que tivesse qualquer motivo para uma medida tão invasiva. A defesa reitera que o Senador jamais tratou de pagamento a quem quer que seja e sempre colaborou com as investigações. KAKAY

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