Hemopi participa de estudo sobre o vírus HTLV e faz alerta
O estudo foi feito com dados de doadores de sangue de Teresina e também do Hemocentro Regional de Picos
O dia 10 de novembro é voltado para a conscientização do HTLV (vírus linfotrópico de células T humanas), um vírus pouco conhecido, mas que pode causar doenças crônicas.
Sendo descoberto na década de 1980, ele foi o primeiro retrovírus humano oncogênico causador de doença infecciosa. Esse vírus infecta principalmente as células do sistema imunológico fazendo com que percam sua função de defender nosso organismo.
No Piauí, o vírus foi objeto de estudo dos acadêmicos de medicina da Universidade Federal do Piauí (UFPI-Picos) Marcos Furtado, Pedro Victor Rocha, Filipe Siqueira, sob orientação do Professor Doutor em Farmacologia Ítalo Rossi e do biomédico e doutor em Ciências Morfofuncionais (UFC), João Antônio Miranda.
O estudo também teve a participação do biomédico Abílio Neto, coordenador do Laboratório do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi), responsável por fornecer os dados para o estudo, já que os testes sorológicos que detectam o HTLV são obrigatórios em todos os hemocentros do Brasil desde 1993. Os resultados foram apresentados no XVI Simpósio Internacional sobre HTLV, realizado em João Pessoa (PB).
De acordo com os estudos, feitos por dados de doadores de sangue de Teresina e também do Hemocentro Regional de Picos mostrou resultados diferentes. Em Teresina, foram analisados 306 casos de doadores de sangue registrados no período de 10 anos (2012 a 2021) que acusaram HTLV nas amostras coletadas no ato da doação de sangue. Do total, 152 retornaram para a coleta de uma segunda amostra e confirmaram o diagnóstico positivo; 62 negativaram, 10 casos foram inconclusivos e 82 não compareceram para refazer o exame.
Na localidade de Picos (PI), ao longo do mesmo período de 10 anos foram registrados 17 casos, sendo que destes, apenas 7 retornaram para coletar a 2ª amostra e todos foram confirmados.
“O perfil epidemiológico mostrou que, em Teresina, a maioria dos pacientes são mulheres adultas, pardas, solteiras e com escolaridade média. Já em Picos também prevalece pacientes do sexo feminino, adultas, mas que se identificam como brancas e tem baixa escolaridade”, revela o acadêmico de medicina, Pedro Victor Rocha.
Segundo Pedro Victor, em 2016 foi o ano com maior identificação de casos. “É um vírus pouco testado e investigado entre a população sexualmente ativa no Brasil. O mecanismo de proliferação do vírus no corpo é idêntico ao do 'seu primo' HIV, mas o desenvolvimento das complicações é mais lento, porém existem as exceções”.
Um dos objetivos do estudo é tornar a testagem obrigatória, para além dos hemocentros, pois a subnotificação é um dos principais problemas apontados. “Todos os serviços direcionados a gestantes deveriam fazer os testes para HTLV, pois a transmissão vertical – de mãe para filho seja na gestação, parto ou amamentação – é predominante na grande maioria dos casos notificados no país. As estimativas apontam que 2,5 milhões de brasileiros estão infectados, mas não sabem”, diz Marcos Furtado.
Por: Noely Alvarenga
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