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Estudo revela que vacina da AstraZeneca é promissora em idosos

O Ministério da Saúde fez acordo com a empresa farmacêutica para adquirir doses da vacina e para a produção dela no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Dados publicados nesta quinta-feira (19), na revista britânica médica The Lancet, indicam que a potencial vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, produziu uma forte resposta imune em adultos mais velhos. E que os pesquisadores afirmam que esperam divulgar os resultados dos testes com a vacina em estágio avançado até o Natal.

  • Foto: DivulgaçãoProdução de Vacina contra Covid-19Produção de Vacina contra Covid-19

De acordo com os dados, as pessoas com mais de 70 anos, que têm maior risco de ficarem graves ou morrerem do novo coronavírus, podem criar uma imunidade robusta.

O consultor e coinvestigador do Grupo de Vacina de Oxford, Maheshi Ramasamy, disse que as respostas robustas de anticorpos e células T, vistas em pessoas mais velhas em nosso estudo são encorajadoras.

Segundo os pesquisadores, os testes em estágio avançado, ou de fase 3, estão em andamento para tentar confirmar essas descobertas e para testar se a vacina protege da infecção, pelo vírus Sars-CoV-2, em uma ampla gama de pessoas, incluindo com problemas de saúde subjacentes.

O diretor do Grupo de Vacinas de Oxford, Andrew Pollard, afirma que os resultados desses testes devem definitivamente serem conhecidos até o Natal.

A empresa candidata a vacina Oxford/AstraZeneca que está sendo testada no Brasil em estudo liderado pelo Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O Ministério da Saúde fez acordo com a empresa farmacêutica para adquirir doses da vacina e para a produção dela no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Ao contrário das vacinas Pfizer/BioNTech e Moderna, que usam uma nova tecnologia chamada RNA mensageiro (mRNA), a candidata da AstraZeneca usa a tecnologia de vetor viral, feita de uma versão enfraquecida de um vírus comum de gripe encontrado em chimpanzés.

Os testes em fase 2 publicados na The Lancet envolveram 560 voluntários saudáveis, com 160 deles com idades entre 18 e 55 anos, 160 de entre 56 e 69 anos e 240 com mais de 70 anos.

Os estudiosos disseram que os voluntários receberam duas doses da vacina ou de um placebo e nenhum efeito colateral grave relacionado à vacina foi relatado. A AstraZeneca assinou vários acordos para fornecimento da vacina com empresas e governos ao redor do mundo.

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