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Ministério Público faz inspeção no Centro Educacional Masculino

A promotora Joselisse Nunes de Carvalho, realizou vistoria extrajudicial no local e averiguou como ficou a unidade depois da última rebelião.

No dia último dia 11 de agosto, os adolescentes que cumprem medidas socioeducativas no Centro Educacional Masculino (CEM), participaram de uma rebelião danificando a estrutura de algumas alas da unidade.

A 46ª Promotoria de Justiça, por meio da Promotora de Justiça Joselisse Nunes de Carvalho, realizou inspeção extrajudicial no local e averiguou como ficou a unidade depois da rebelião.

De acordo com o MPPI, o tumulto foi iniciado após o almoço dos educandos, que tomaram cerca de quatro alas. A ocasião só foi contida com a chegada da equipe da Tropa de Choque da Polícia Militar. Os adolescentes queimaram quase todos os colchões existentes no centro, danificaram o bebedouro, fizeram buracos nas paredes, serraram janelas e quebraram boa parte da encanação da Ala B, cadeados e cadeiras da escola que existe no Centro.

  • Foto: Divulgação/MPPIInspeção no CEMInspeção no CEM

Foram inspecionadas as alas D, E, F, G e I e apurado que a estrutura foi bastante danificada e precisa de vários reparos. Segundo a coordenação do local, a reforma das alas danificadas iniciou um dia após a rebelião. Outros locais da unidade também foram visitados, como a cozinha, áreas externas e a parte administrativa.

A Promotora passou por todas as alas para sondar as condições atuais em que os jovens apreendidos se encontram. Muitos deles dividem as celas com outros, mesmo havendo quinze celas vazias. Segundo o coordenador do Centro, Ricardo Silva, isso acontece porque há situações em que algumas celas estão com problemas estruturais e não permitem o uso.

  • Foto: Divulgação/ MPPIInspeção no Centro Educacional MasculinoInspeção no Centro Educacional Masculino

Segundo o órgão ministerial, atualmente, há 89 socioeducandos no CEM. Para a Promotora de Justiça que coordenou a inspeção, o mais urgente é se trabalhar a educação dos jovens que se encontram apreendidos. “Vejo que o CEM conta com uma equipe de professores motivada e que deseja transformar a vida desses jovens, mas a estrutura para isso não é adequada”, aponta Joselisse Carvalho.

De acordo com Ricardo Silva, já estão sendo preparados cursos profissionalizantes de montagem e manutenção de celular e de cabeleireiro para serem ofertados aos reeducandos com início previsto ainda para 2019.

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