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Promotor denuncia tenente do exército que assassinou Iarla Lima

O Promotor de Justiça Ubiraci Rocha fala que o crime foi cometido por motivo fútil.

A 14ª Promotoria de Justiça de Teresina, do Núcleo do Tribunal do Júri, ofereceu denúncia contra José Ricardo da Silva Neto, o tenente do exército que matou Iarla Lima Barbosa, sua então namorada, e atentou contra Ilana Lima Barbosa e Josiane Mesquita da Silva, na madrugada do dia 19 de junho de 2017. O oficial é denunciado por homicídio consumado triplamente qualificado e por duplo homicídio tentado qualificado.

  • Foto: DivulgaçãoTenente José Ricardo Silva NetoTenente José Ricardo Silva Neto

José Ricardo e as vítimas estavam em uma festa no bar Bendito Boteco, na zona leste de Teresina. O oficial disse que não estava se sentindo bem e todos foram até o veículo do acusado, quando deu três tiros em Iarla sob pretexto de ciúmes e também em suas amigas, que conseguiram fugir.

O acusado recebeu voz prisão em flagrante delito em seu apartamento, enquanto ainda estava com o corpo de Iarla no banco de passageiros do carro.

O Promotor de Justiça Ubiraci Rocha falou que o crime foi cometido por motivo fútil. “Ficou claro que o delito foi cometido em razão de ciúmes, conduta que sem sombra de dúvidas denota uma atitude banal do indiciado, destacando assim o motivo fútil de suas ações”.

O Promotor disse, ainda, que o sexo da vítima influenciou no homicídio. “Destacamos ainda que o homicídio foi cometido pelo menoscabo ou discriminação à condição de mulher, haja vista expressa manifestação de poder do acusado sobre a vítima, uma vez que estes mantinham uma relação amorosa há apenas sete dias, o que, por si só, caracteriza a qualificadora do feminicídio”.

O representante do Ministério Público apontou que foi utilizado recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa das vítimas. O Promotor de Justiça requereu ao Poder Judiciário a aceitação a denúncia, com determinação para que José Ricardo responda à acusação, por escrito, no prazo de dez dias.

Depois, as testemunhas serão ouvidas e o réu será interrogado, atos que culminarão na decisão de pronúncia, para posterior submissão a julgamento pelo Tribunal Popular do Júri.

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