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Comerciante sobrevive depois de levar 12 tiros em Teresina

Em dezembro de 2016, o comerciante Valmir da Silva, então com 32 anos, foi vítima de uma ação criminosa e teve o seu corpo cravejado por balas

Nos meses de janeiro de 2016 a 19 de agosto de 2018, o sistema 192 do SAMU da capital piauiense registrou atendimento a 2.105 vítimas de agressão física. Desse total, 83% eram do sexo masculino. Os tipos mais comuns de agressões são por arma branca, arma de fogo e espancamento.

Em dezembro de 2016, o comerciante Valmir da Silva, então com 32 anos, foi vítima de uma ação criminosa e teve o seu corpo cravejado por balas. Ao todo, levou 12 tiros e o seu quadro clínico apontava que ele não iria sobreviver. A esposa dele chegou a preparar a casa para o velório e seus amigos se despediram nas redes sociais. Mas, contrariando o prognóstico médico, Valmir se recuperou. “Estou vivo, bem, e contando esse caso, que daria um filme”, comemora.

Depois de ser atingido pelos tiros e já muito ferido, a vizinhança acionou o SAMU por meio do 192 e uma ambulância se deslocou ao local. A enfermeira intervencionista, Isabel Cavalcante, que integrava a equipe, conta como estava o paciente: “Ele estava em um quintal escuro, no chão com lama e foi necessário ligar uma lanterna para fazermos a abordagem inicial. Fizemos tudo por ele”, relembra.

As 12 perfurações ocasionaram lesões em diversos órgãos: tórax, diafragma, estômago, intestino e numa veia importante localizada no abdome. No tratamento, ele passou dois meses na UTI e foi submetido a oito cirurgias. Nesse tempo, teve seis paradas cardíacas e o seu quadro foi agravado por uma infecção no abdome e pulmão.

De acordo com o médico Daniel Gonçalves, que estava de plantão naquele dia, pesquisas sobre atendimento pré-hospitalar demonstram que a intervenção antes da chegada ao hospital contribui significativamente para aumentar a sobrevida dos pacientes. “O serviço ofertado pelo SAMU foi um divisor de águas no atendimento do Valmir da Silva, tendo sido concluído em ambiente hospitalar”, lembra.

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