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Associação do Jacinta Andrade denuncia Júlio César ao MPF

Segundo o denunciante, a Agência de Desenvolvimento Habitacional do Piauí (ADH-PI) comprou do deputado uma área de 172 hectares com 4348 lotes, em 2008, com objetivo de edificar o Jacinta Andrade.

A Associação dos Mutuários do Jacinta Andrade (AMURJA) denunciou o deputado federal Júlio César ao Ministério Público Federal (MPF) apontando irregularidades na aquisição de lotes do Conjunto. A denúncia foi assinada pelo presidente da associação, Osvaldo de Jesus, no dia 25 de novembro de 2018.

  • Foto: Hélio Alef/ViagoraDeputado Federal Júlio Cesar (PSD)Deputado Federal Júlio Cesar (PSD)

Segundo o denunciante, a Agência de Desenvolvimento Habitacional do Piauí (ADH-PI) comprou do deputado uma área de 172 hectares com 4348 lotes, em 2008, com objetivo de edificar o Residencial Jacinta Andrade.

  • Foto: ViagoraPresidente da AMURJA, Osvaldo de Jesus.Presidente da AMURJA, Osvaldo de Jesus.

Osvaldo informa que os lotes foram vendidos por R$ 14,4 milhões, mas que em 2010 houve um redução para quatro mil lotes, e o valor foi atualizado para R$ 16,8 milhões. Ele acusa o parlamentar de se apropriar dos 348 lotes, através da Construtora e Imobiliária Canaã, empresa de propriedade de Júlio César.

A assessoria de comunicação do deputado já havia respondido ao Viagora afirmando que a imobiliária vendeu ao estado quatro mil lotes, sendo que todo o processo foi apreciado pela ADH, Controladoria Geral do Estado e Caixa Econômica Federal. Foi informado que o terreno em questão é bem maior que a quantidade de lotes vendidos, e que ainda existe terra de Júlio César dentro do loteamento que não foi vendido para ADH. A assessoria também disse que a ADH estaria se negando a fazer pagamentos ao cartório referentes à transferência a cada imóvel, mas que toda a documentação está pronta para transferência.

Osvaldo de Jesus solicitou ao MPF a investigação da procedência das terras compradas com recursos federais, e da prestação de contas dos 157 milhões alocados para a construção.

A reportagem procurou a ADH para falar sobre o assunto, mas até o fechamento da matéria não obtivemos resposta.

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