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Confira nomes dos advogados presos pela Operação Bússola da PF

De acordo com a PF, dos suspeitos, 39 tiveram prisão decretada, sendo 17 advogados. Do total, 15 já foram presos e dois estão foragidos.

O portal GP1 divulgou nessa quarta-feira (10), os 39 nomes dos suspeitos de participarem de uma organização investigada por fraudes previdenciárias, alvos da Operação Bússola, deflagrada pela Polícia Federal na terça-feira (09). Advogados, servidores do INSS e intermediários estão dentre os alvos.

De acordo com a PF, dos suspeitos, 39 tiveram prisão decretada, sendo 17 advogados. Do total, 15 já foram presos e dois estão foragidos.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, além das prisões, a Justiça também determinou o bloqueio das contas dos criminosos e a suspensão do exercício do cargo público para os servidores do INSS.

  • Foto: Luis Marcos/ ViagoraColetiva de impressa da operação bússolaOperação Bússola

Conforme a PF, cerca de 1.975 benefícios foram concebidos por meio da falsificação de documentos públicos. Destes, 170 são de pessoas fictícias. O grupo atuava falsificando identidades para conseguir aposentadoria rural por idade para pessoas que não trabalhavam na área.

Veja a lista dos alvos da operação e como cada um atuava, conforme a PF:

Marcelo Lobão Salim Coelho 

Advogado responsável por "protocolar requerimentos de benefícios de aposentadoria por idade rural instruídos com documentação falsa”, diz a Polícia Federal.

Jailson Brasil da Rocha Paz 

Conforme a PF, advogado que é responsável por ter protocolado mais de 150 requerimentos de benefícios de aposentadoria rural por idade de forma fraudulenta.

Christiany Marysa da Silva Costa de Castro 

De acordo com a representação da PF, advogada suspeita de ser a responsável por conseguir 77 benefícios de aposentadoria de maneira fraudulenta. Também é acusada de protocolar requerimentos de benefícios com documentação de pessoas inexistentes.

Tanandra Teles Moura 

Advogada que, de acordo com a PF, protocolou 36 requerimentos de benefícios de aposentadoria rural por idade, dos quais, todos foram concedidos de forma fraudulenta.

Victor Mendes Morais Silva 

Advogado que teria conseguido junto ao INSS a aprovação de 117 benefícios de aposentadoria de forma fraudulenta, diz a lista.

Vinício José Paz Lima 

Segundo o inquérito, advogado que conseguiu a aprovação de 50 benefícios de aposentadoria de maneira fraudulenta, além de dois benefícios a pessoas fictícias, com documentações falsas.

Marival Luciano de Sousa Brito 

Conforme o inquérito, advogado que teria protocolado diversos requerimentos de benefícios fraudulentos, onde conseguiu a aprovação de 75.

Rodrigo Laécio da Costa Torres 

Advogado que teria obtido a aprovação de pelo menos 168 benefícios de aposentadoria rural por idade de forma fraudulenta. Também é suspeito de ter conseguido a aprovação de 5 benefícios a pessoas fictícias.

Natália Miranda da Silva 

De acordo com a polícia, advogada acusada de ter conseguido a concessão de 118 benefícios de aposentadoria de maneira fraudulenta.

José Milton dos Santos Filho 

Advogado que, conforme a PF, protocolou 13 requerimento e obteve a aprovação de 11 benefícios de aposentadoria de maneira fraudulenta.

Antônio Gutemberg de Castro Ribeiro Neto 

Segundo o inquérito, advogado que teria obtido a aprovação de 23 benefícios de aposentadoria fraudulentos, além de 13 benefícios a pessoas inexistentes, com documentações falsas.

Edlany Barbosa Luz 

Conforme a PF, advogada responsável por protocolar requerimentos de benefícios fraudulentos. Ela Teria conseguido aprovar 33 aposentadorias fraudulentas.

Márcio Barrozo da Silva 

Segundo a Polícia Federal, advogado que atividade criminosa, consistiu na aprovação de 44 benefícios de aposentadoria rural por idade de forma fraudulenta.

Paloma de Sousa Assunção 

Advogada, que teria protocolado dezenas de requerimentos de benefícios e que, de acordo com a PF, conseguiu a aprovação de 38 de forma fraudulenta, segundo a PF.

Francisco das Chagas Silva Costa 

De acordo com a PF, advogado que também protocolou requerimentos de benefícios fraudulentos. Ele teria conseguido a aprovação de 108 aposentadorias de maneira fraudulenta.

Celso Thalysson Soares e Silva 

Segundo a polícia, o servidor do INSS e advogado teria como atividade criminosa ‘’concessão de 130 benefícios de aposentadoria rural por idade protocolados por 5 advogados, dos quais, 115 benefícios foram comprovadamente concedidos de forma fraudulenta; concessão fraudulenta de 12 benefícios a pessoas fictícias; e concessão fraudulenta de outros 180 benefícios”.

Daniel Soares Lopes 

Conforme a PF, ex-gerente executivo do INSS no Piauí, que assumiu o posto em setembro de 2019 e ficou no cargo até janeiro de 2021. Conforme os policiais, ele era o servidor responsável pelo direcionamento da maioria dos benefícios fraudados pela organização criminosa. “Daniel é a figura central de todo o esquema criminoso”, sendo solicitado uma  autorização judicial para cumprimentos de mandados de busca e apreensão.

Francisco das Chagas Fontes de Sousa 

Segundo o inquérito, servidor responsável pela concessão dos benefícios requeridos de forma fraudulenta. “Fontes é o servidor que mais concede benefícios fraudulentos e o que tem parceria com o maior número de advogados”, diz no documento.

Alberto Alves dos Santos 

Conforme a PF, servidor do INSS que, também era um dos que mais concedia benefícios fraudulentos, com parceria com grande quantidade de advogados.

Francisco da Silva Rocha 

Servidor do INSS que concedia benefícios fraudulentos, segundo o inquérito. Casado com a servidora do mesmo órgão, Rísia de Holanda Duarte Rocha, que também fazia parte do esquema, segundo a Polícia Federal.

Rísia de Holanda Duarte Rocha 

Casada com Francisco da Silva Rocha, a funcionária do INSS atuava em conjunto com o marido “concedendo benefícios com as mesmas características, para os mesmos advogados/intermediários requerentes e em quantidade equitativa”, de acordo com a polícia.

Alan Pereira da Silva 

Conforme a PF, era amigo e “laranja” do ex-chefe do INSS, Daniel Soares Lopes. Segundo a PF, era um “possível intermediário responsável por captar clientes e fazer ingerências com Daniel”.

Maria Helena Fernandes da Silva 

Servidora do INSS aposentada. “No início das investigações, verificou-se uma forte atuação da servidora Helena na concessão fraudulenta de benefícios protocolados por cinco advogados. Porém, Helena se aposentou no dia 01.02.2019, deixando, assim, de conceder novos benefícios”, informa o inquérito.

Jonhy da Costa Cavalcante 

Servidor do INSS. “O envolvimento de Jonhy na organização criminosa foi identificado e aprofundado recentemente, no entanto, já foram identificadas dezenas de benefícios concedidos de forma fraudulenta por Jonhy”, diz a polícia.

Paulo José de Carvalho 

Conforme a Polícia Federal, intermediário que seria responsável por captar clientes e acompanhá-los aos bancos para receberem os benefícios.

Francisco de Assis Santana Júnior 

Responsável por captar e acompanhar os clientes aos bancos para receber os benefícios de aposentadoria, informa o documento.

Noemia Antão de Sousa 

De acordo com a PF, Intermediária que também atuava para captar clientes e protocolar requerimento de benefícios de aposentadoria com documentação falsa.

Mayana de Sousa Barbosa 

Era encarregada de protocolar requerimento de benefícios de aposentadoria com documentação falsa, utilizando o escritório Victória Acessória, diz a PF.

Francisco Celso Macedo Silva 

Segundo o documento, o advogado atuava junto com Mayara captando clientes e protocolando requerimentos de benefícios de aposentadoria rural por idade.

Roseno Pereira de Araújo 

Intermediário que era responsável por encontrar clientes e teria conseguido junto ao INSS aprovar 9 benefícios de forma fraudulenta, diz o inquérito.

Rodinei Araújo Santos 

De acordo com a PF, ele atuava captando clientes e protocolando requerimentos de benefícios com documentação falsa.

Benedito Simeão Neto (Helton) 

É acusado pela Polícia Federal de ter conseguido aprovar junto ao INSS 11 benefícios fraudulentos de aposentadoria rural por idade, segundo a polícia.

Irisneide Dias do Nascimento Mota 

Intermediária responsável por captar clientes e protocolar requerimentos de aposentadoria com documentação falsa. Foi constatado que Irisneide conseguiu junto ao INSS aprovar 24 benefícios fraudulento, informou a PF.

Antônia da Silva Barros (Toinha) 

Segundo o documento, agia como intermediária, captando clientes e protocolado requerimentos de benefícios de aposentadoria rural fraudulentos, com documentações falsas.

Ivalda de Jesus de Sousa 

De acordo com a polícia, teria agido como intermediária, na captação de clientes e também protocolando requerimentos de benefícios de aposentadoria fraudulentos, tendo obtido a aprovação de 4.

Francisco Marcolino de Medeiros 

Conforme o inquérito, era um falsário responsável por falsificar as documentações para instruir os requerimentos de benefícios fraudulentos. É companheiro de Ivalda de Jesus.

Osvaldo Viana da Silva 

De acordo com o inquérito, seria outro intermediário, que teria captado clientes e protocolado requerimentos de benefícios fraudulentos, tendo conseguido a aprovação de 12 aposentadorias.

Marcos José da Conceição 

Segundo a polícia, também agiu como intermediário, conforme o inquérito. Teria atuado na captação de clientes e protocolando requerimentos de benefícios de maneira fraudulenta.

Bruno Martins Barbosa 

De acordo com a PF, intermediário que conseguiu junto ao INSS a aprovação de 20 benefícios de aposentadoria fraudulentos.

Operação Bússula 

A Polícia Federal deflagou a  Operação Bússola nessta terça-feira (09) e cumpriu 96 mandados judiciais, sendo 16 mandados de prisão preventiva, 23 de prisão temporária e 57 mandados de busca e apreensão.

A polícia informou que os mandados foram cumpridos em Teresina/PI, Luzilândia/PI, Demerval Lobão/PI, Santo Antônio dos Milagres/PI, Timon/MA, Caxias/MA, Presidente Dutra/MA, Parnarama/MA, Codó/MA, Anapurus/MA e São João do Sóter/MA, sendo todos expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Federal de Teresina.

De acordo com a polícia, dentre os investigados com prisão decretada estão oito servidores do INSS, 17 advogados e 14 intermediários dos estados do Piauí e Maranhão.

Segundo a PF, a organização investigada por fraudes previdenciárias, gerou um prejuízo estimado em R$ 55,8 milhões aos cofres do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no Piauí.

Com informações do GP1.

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