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Regina Sousa toma posse como governadora do Piauí na quinta-feira

A vice-governadora, que coordena o PRO Piauí Social, disse que vai priorizar os cuidados da população vulnerável.

A vice-governadora Regina Sousa, a poucos dias de assumir o cargo, falou sobre as expectativas com relação ao seu papel à frente do executivo estadual. A posse será realizada no dia 31 de março e ela será a primeira mulher a governar o Piauí.

Foto: Divulgação/Governo do PiauíVice Governadora Regina Sousa
Vice Governadora Regina Sousa

De acordo com a vice-governadora, ela está feliz e também falou sobre o preparo para o fato histórico. “Eu me sinto feliz. Será um desafio e tanto, não apenas por ser mulher. Para qualquer um, seja homem ou mulher, assumir um Estado, uma cidade, um país, cuidar da vida do povo, é muita responsabilidade. Estou preparada, pensando em coisas que eu possa desenvolver e que tenham a ver com meu jeito, com minhas metas, om minhas causas”, disse.

A vice-governadora, que coordena o PRO Piauí Social, disse que vai priorizar os cuidados da população vulnerável. “Eu quero cuidar das pessoas que estão precisando, que são invisíveis e isso, geralmente, não gera notícias, as pessoas não veem. Mas, eu considero a grande obra da minha vida é trabalhar com essas pessoas, que é tudo feito até hoje’’ pontuou.

Sobre a questão da representatividade para as mulheres de estar no cargo máximo do Poder Executivo estadual, Regina Sousa citou a importância do empoderamento feminino. “É importante porque a gente tem uma luta por empoderamento. Então, cada uma que ocupar um espaço é um exemplo para dizer que a mulher pode fazer as coisas, que pode ser governadora, prefeita ou presidenta".

Violência doméstica como desafio

A futura governadora falou também sobre a violência doméstica contra as mulheres. Ela citou como um desafio, não somente como uma questão de saúde pública.

“É muito da concepção, de construção social na cabeça dos homens ter a posse, serem donos da mulher, eles têm isso na cabeça e acabam acontecendo essas tragédias que a gente vê todo dia. Então, temos que construir juntos a saída. Particularmente, vejo a saída pela educação. Educar os meninos de hoje para não serem violentos, educar para a paz, para não agredir, não querer, não sentir vontade de agredir. Agora, se não são educados, serão influenciados pelo que veem na televisão, na rua, em casa o pai agredindo a mãe ou as irmãs, ele pode crescer uma pessoa violenta. Ou a gente inclui esse assunto com seriedade na educação ou vamos penar durante muito tempo agindo depois da tragédia acontecida, agindo na consequência e não na causa”, disse.

Regina Sousa também falou que ocupar um espaço de poder não resolve o problema das mulheres, mas é uma oportunidade que as mulheres podem e sabem fazer tão bem quanto os homens.

Por Anna Paula Couto

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