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Matizes quer apuração de manifestação de ódio contra Johnny Hooker

O cantor era atração confirmada para a 17ª Parada da Diversidade mas, por questões de segurança, a organização do evento o substituiu por Pabllo Vittar.

O Grupo Matizes recorreu ao Ministério Público Estadual, solicitando a apuração das manifestações de ódio postada por internautas no episódio envolvendo o cantor Johnny Hooker. Circula na internet um vídeo do cantor onde ele afirma que Jesus é travesti.

O Matizes afirma que Hooker foi vítima de uma montagem maldosa da fala feita durante o festival de Inverno de Garanhuns. O cantor pernambucano foi alvo de várias mensagens postadas por internautas teresinenses, as quais o Grupo considera como “odiosas e agressivas”. 

Johnny Hooker era atração confirmada para a 17ª Parada da Diversidade, inicialmente prevista para ocorrer dia 26 de agosto. Por questões de segurança, a organização do evento substituiu Hooker por Pabllo Vittar, adiando a Parada para 02 de setembro.

O Matizes printou várias das manifestações de internautas e, em 14 de agosto,  protocolou requerimento na 49ª Promotoria de Justiça solicitando a apuração dos fatos e que os responsáveis fossem investigados. 

O Ministério Público acatou a solicitação do Matizes e enviou ofício à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática requisitando a instauração de procedimento investigatório para apurar o possível cometimento dos delitos previstos nos art. 286 (incitação ao crime) e 287 (apologia ao crime) do Código Penal Brasileiro.

Segundo a Coordenadora do Matizes, Marinalva Santana, o Grupo vai acompanhar as investigações, na expectativa de que aqueles que eventualmente tenham cometidos crime sejam punidos na forma prevista em Lei.

"Nós do Matizes fomos bombardeados de todos os lados: por pessoas conservadoras, incomodadas com a confirmação de Johnny Hooker para o show da Parada e depois por pessoas LGBT, insatisfeitas com a substituição do cantor pernambucano por Pabllo Vittar. Foram dezenas de mensagens agressivas. Enquanto éramos atacados, nos movimentávamos para garantir a maior Parada da Diversidade de todos os tempos", afirma Marinalva.

No mês passado, o advogado alagoano Jethro Ferreira pediu a prisão preventiva do cantor. Para o advogado Jethro Ferreira, Johnny Hooker teria cometido infrações penais pois “as pessoas que professam a fé cristã têm a pessoa de Jesus Cristo como uma pessoa do sexo masculino, heterossexual […] Qualquer afirmativa diferente desses dogmas é considerada uma ofensa à fé cristã”. 

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