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Deputado Robert Rios protesta contra ida de Lula para ministério de Dilma

O deputado afirmou que ministério é lugar para pessoas honradas e não esconderijo de corruptos, referindo-se à delação premiada do senador Delcídio do Amaral, já homologada pelo Judiciário.

O deputado Robert Rios (PDT) avisou hoje (15), em discurso na Assembleia Legislativa, que se o ex-presidente Lula ocupar um ministério no governo Dilma, o número de pessoas em novo protesto será de 20 milhões, e não de apenas 6 milhões como no último domingo (13).

O deputado afirmou que ministério é lugar para pessoas honradas e não esconderijo de corruptos, referindo-se à delação premiada do senador Delcídio do Amaral, já homologada pelo Judiciário. Robert Rios declarou que já se fala na existência de dez governadores envolvidos em corrupção, mas que vai aguardar os fatos.

Robert Rios considerou debochadas as declarações do ex-presidente Lula, no depoimento à Polícia Federal, de que não ficou com o triplex por ele ser muito pequeno, comparando-o ao programa “Minha Casa, Minha Vida”. Para o deputado, isso é um acinte à população, pois cidadão que comprou e pagou o seu imóvel.

O deputado Marden Menezes (PSDB) parabenizou a população brasileira, em especial a de Teresina, que também levou muita gente à Avenida Raul Lopes, pelas manifestações do último domingo. Sobre a eventual ida de Lula para um ministério, MArden Menezes considerou uma forma de protegê-lo do processo na Lava Jato, que passará a ser apreciado pelo Supremo Tribunal Federal, onde parte dos ministros foi nomeada pelo atual governo.

O deputado Robert Rios acrescentou que não é apenas o Executivo que está envolvido em corrupção, mas também o Congresso Nacional, destacando que os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) também estão envolvidos em corrupção.

O deputado concluiu seu pronunciamento lembrando que o atual governo afastou ministros por mera suspeita de corrupção, e agora quer colocar o ex-presidente Lula num ministério, apenas para protegê-lo de processos.

Tréplica

Usando o tempo da liderança do PDT, o deputado Robert Rios voltou à tribuna para rebater o colega Cícero Magalhães (PT), que defendeu o ex-presidente Lula do que classificou de "perseguição" da oposição. Segundo Robert Rios, o que se deve discutir agora é a situação do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, acusado na delação de Delcídio do Amaral de ter lhe proposto vantagem financeira para obstrução da Justiça.

Robert Magalhães questionou os apartes dos deputados João de Deus e Flora Izabel, do PT, o primeiro defendendo a presidente Dilma, por sua eleição legítima, e a segunda afirmando que o governo do PT foi quem mais investigou a corrupção. Magalhães disse que Dilma pode ter tido uma eleição legítima, mas que ele, João de Deus, não é legítimo, por ser o nono suplente do PT, que só elegeu nove. Sobre o aparte de Flora, Rios disse ser mentira que o governo do PT tivesse mandado fazer investigações.

Rios concluiu seu discurso, afirmando que o ex-presidente Lula é hoje uma excrecência nacional, que escondeu objetos roubados do Planalto numa cofre do Banco do Brasil, sem ao menos pagar o aluguel. O deputado considera Lula um mal ao Brasil, maior que Fernandinho Beira-mar.
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