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Servidores da saúde do Piauí realizam protesto em Teresina

Os profissionais também exigiram melhores condições de trabalho. A manifestação aconteceu na frente do Palácio de Karnak.

Na manhã desta quinta-feira (18), os médicos piauienses se concentraram em frente ao Palácio do Karnak em Teresina, como protesto a privatização da Maternidade Evangelina Rosa e de três hospitais do estado, uma determinação do Governo do Piauí.

Além dessa desestatização, os profissionais da saúde também exigem melhores condições de trabalho.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (Simepi), Lúcia Santos, o governo pretende privatizar as seguintes unidades: Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda), de Parnaíba, Hospital Regional de Campo Maior e o Hospital Estadual do Mocambinho.

Foto: Kalita Leão/ ViagoraProtesto de médicos em Teresina
Protesto de médicos em Teresina

“A reivindicação é contra a privatização e a precarização do SUS. Mais de 80% dos piauienses dependem do SUS. Quem vai ser penalizado é o piauiense mais carente, porque quem tem dinheiro, inclusive o governo que está tentando precarizar, ele vai para São Paulo. E os outros, como ficam? Ele não disse isso na campanha dele, ele disse que queria administrar bem o Piauí. Então que administre a Saúde de forma direta e correta. O SUS é nosso, é do povo e ninguém tira”, afirmou Lúcia Santos.

Segundo a gestora, o Conselho Estadual de Saúde, fez uma resolução contra o processo de privatização dos hospitais, mas não foram ouvidos pelo governador. A presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde do Estado do Piauí (Sindespi), Geane Sousa, também ressaltou que a classe busca benefícios para continuar realizando as atividades. 

Foto: Kalita Leão/ ViagoraJeane Sousa, presidente do Sindesc
Geane Sousa, presidente do Sindespi

"A nossa reivindicação é um plano de carreira que o governo não deu e reajuste salarial. Nós temos servidores aposentados e pensionistas que estão na miséria, na miséria que eu me refiro é a um vencimento de R$ 644. O complemento salarial para chegar no mínimo é maior que o vencimento que está no contracheque. Porque esse pessoal desde 2008 não tem valorização, o pessoal que aposentou pela paridade não foi atualizado. Quando a pessoa aposenta, para o governo é como se o aposentado morresse, só teve direito aquilo que ele teve naquele momento, depois disso acabou. Nosso trabalhador está sem salário, sem condições de trabalho e para completar, os que precisavam utilizar a hora extra para melhorar um pouco, para fazer nem que seja o supermercado, o governo está cortando agora as horas extras, os plantões e está lotando os hospitais de terceirizados”, disse.

Conforme Geane Sousa, além da manifestação, os trabalhadores pretendem paralisar suas atividades, até que as autoridades tomem um posicionamento. Para o médico Samuel Rego, a mobilização na manhã de hoje, também é uma forma de chamar a atenção da comunidade para os apelos dos profissionais.

Foto: Kalita Leão/ ViagoraProtesto de médicos em Teresina
Protesto de médicos em Teresina

“Nós estamos aqui para mostrar à sociedade, o grande perigo, o risco que a saúde pública do Piauí hoje corre com esse projeto de privatizar o SUS que o governador está tentando empurrar goela a baixo da sociedade piauiense. Esse projeto vai simplesmente entregar a saúde nas mãos dos empresários, e a população que hoje tem esse SUS que atende todos, esse SUS da forma que a gente conhece, ele vai desaparecer”, declarou.

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