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Pesquisadores da UFPI e UFDPar desenvolvem modelo de respirador

O modelo desenvolvido custa menos de R$ 10 mil e promete ser uma alternativa viável para solucionar a falta do equipamento no sistema de saúde.

Pesquisadores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e da Universidade Federal Delta do Parnaíba (UFDPar), com o apoio da FADEX, estão testando um modelo de respirador que custa menos de R$ 10 mil e que promete ser uma alternativa viável para solucionar o grave problema da falta desse aparelho durante a pandemia do novo coronavírus.

A criação dos respiradores faz parte do Projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI), que também inclui o Hospital de Campanha Estadual, localizado no Ginásio Verdão, coordenado pelo professor doutor Joel Coelho Rodrigues, docente do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da UFPI. Esses equipamentos, quando prontos, ajudarão a equipar a unidade hospitalar.

“Esses respiradores desenvolvidos pela parceria UFPI/UFDPar são de extrema importância para o momento atual, não só quanto à Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, como também para combater uma grave carência que temos nesses tempos de pandemia, uma vez que esses equipamentos são escassos e, agora, os preços estão exorbitantes”, comenta o professor.

  • Foto: Divulgação/AscomPesquisador da UFPI e UFDPar desenvolvem modelo de respirador acessível.Pesquisador da UFPI e UFDPar desenvolvem modelo de respirador acessível.

De acordo com o professor Gildário Lima, sócio-fundador da Tron e professor da UFDPar, os respiradores são construídos com materiais facilmente encontrados no mercado. O primeiro protótipo já está funcionando há mais de 25 dias e teve resultados satisfatórios. “Por mais que seja um modelo bem simples, ele tem muita tecnologia e vai cumprir muito bem o seu papel”, garante Gildário.

Parte dos recursos necessários para a estabilizar a tecnologia desenvolvida pela pesquisa (R$ 1,8 milhão) foi enviada pelo Governo do Estado, através da Fundação de Amparo à Pesquisa do Piauí (FAPEPI). Trata-se de uma encomenda tecnológica: após todos os testes, os protótipos estáveis serão doados para a rede estadual de saúde.

A Federação das Indústrias do Piauí (FIEPI) e o SESC Minas/Piauí também contribuíram financeiramente com o projeto.

“O modelo está passando por testes de resistência e tempo de funcionamento. Neles temos sensores de gás, de fluxo, para contar a quantidade de gás que entra e sai do pulmão e sensores de pressão para medir a pressão do paciente em tempo real. Todos os testes estão sendo feitos para que a automação possa funcionar bem e o paciente não tenha parada respiratória”, explica Gildário.

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