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Ciro quer que comércio informe risco à saúde a usuário de narguilé

O senador busca intensificar a publicidade das consequências do uso de Narguilé, um objeto usado para o fumo.

O senador Ciro Nogueira (Progressistas) é autor de projeto que busca intensificar a publicidade das consequências do uso de Narguilé, um objeto usado para o fumo. Os estabelecimentos comerciais em que há consumo de narguilé deverão afixar, em locais visíveis de suas dependências, cartazes com advertência sobre os riscos do uso do produto. A proposta está em análise na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal.

  • Foto: Pedro França/Agência SenadoSenador Ciro Nogueira.Senador Ciro Nogueira.

De acordo com a Agência Senado, o PL 641/2019 também estabelece que todos os produtos fumígenos relacionados ao uso — como essências, carvão, filtros e equivalentes, além dos aparelhos utilizados para o consumo — deverão conter em suas embalagens e propagandas a advertência cabível referente aos riscos à saúde do consumidor.

Espécie de cachimbo que mais parece uma garrafa, onde a fumaça aromatizada é inalada através da ponta de uma mangueira, o narguilé é um potencial agente para a iniciação da utilização de cigarros e dependência da nicotina. Possui uma fumaça altamente nociva, capaz de causar câncer de pulmão e problemas cardíacos, entre outras doenças, alertam entidades médicas.

  • Foto: Divulgação/Mister NaguiléExemplar de Naguilé.Exemplar de Naguilé.

De acordo com o Ministério da Saúde, uma sessão de narguilé tem duração média de 20 a 80 minutos e nesse período há entre 50 e 200 baforadas, o que faz o usuário inalar uma quantidade de fumaça correspondente ao uso de 100 cigarros.

Uma sessão de 45 minutos pode produzir entre 22 e 50 vezes mais alcatrão, 39 vezes mais benzopireno (um potente cancerígeno), 6 a 13 vezes mais monóxido de carbono e até 10 vezes mais nicotina que um cigarro comum, segundo o ministério.

“Entre os jovens, reina a desinformação sobre os reais danos da utilização de tabaco para narguilé, quadro em que as ações educativas assumem real importância. Portanto, é mister alterar esse cenário. Ao poder público, cabe a adoção de mecanismos legais e de ações permanentes de controle e fiscalização, a fim de que se possa contribuir para a prevenção desses males”, argumenta Ciro Nogueira em sua justificativa.

Conforme dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013, 1,2% dos adultos relataram fazer uso do narguilé, sendo essa frequência maior entre os jovens de 18 a 29 anos.

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