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“Eu tomo, se contrair Covid-19”, diz Sílvio Mendes sobre cloroquina

Em entrevista ao Viagora, o médico e ex-prefeito de Teresina, afirmou que, caso seja infectado pelo coronavírus, fará o tratamento com o medicamento.

Nas últimas semanas, muito tem se discutido sobre possíveis tratamentos para a Covid-19 no Brasil. Uma das estratégias em evidência é o uso da cloroquina, medicamento já utilizado no tratamento de malária e lúpus, defendida pelo presidente Jair Bolsonaro apesar da resistência de entidades médicas sobre possíveis efeitos colaterais do fármaco.

Em entrevista ao Viagora, o médico e ex-prefeito de Teresina, Sílvio Mendes, comentou que a discussão sobre o medicamento envolve “muita politicagem” e “se transformou em uma torre de Babel”.

“Tem muita gente que não sabe nada de saúde e de repente todo mundo virou técnico de futebol. Eu vou pelo lado prático, é algo tão óbvio, tão racional. Eu tomo [se contrair a doença]. A minha família toma”, disse.

  • Foto: DivulgaçãoSílvio MendesSílvio Mendes

Sílvio Mendes falou sobre o fechamento do comércio e indústria, declarando-se a favor de uma retomada gradativa e responsável das atividades do setor.

“Precisa-se planejar a retomada dessas atividades. Cada atividade deve ter regras diferentes, mas não se pode manter tudo indefinidamente parado. Sou a favor da retomada, mas com uma discussão de quem exerce essas atividades, com bom senso. Devem ser estabelecidas regras, fiscalizar o cumprimento dessas regras e se não cumpridas aplicar a punição correspondente. Só não se corre risco de ser contaminado se você passar a vida inteira em uma clausura”, afirmou.

Questionado sobre a postura dos gestores nos decretos que determinaram o regime de quarentena, o ex-prefeito declarou que “os excessos serão punidos”. “Seja excesso de quem decreta sem que isso seja planejado, discutido com bom senso, seja os excessos de quem está sofrendo os efeitos dessa suspensão. Vai ter punição para quem se exceder”, mencionou.

Eleições 2020

Apontado inicialmente como uma das opções de Firmino Filho para sucedê-lo no Palácio da Cidade, Sílvio Mendes limitou-se a dizer apenas que não irá se omitir nas questões políticas da cidade.

“Estou observando. Não vou ser omisso, nunca fui. Vou acompanhar o que está acontecendo. [...] Estamos vivendo uma situação paradoxal. Estamos revivendo a história da torre de Babel, onde todo mundo fala e poucos se entendem. E ao mesmo tempo estamos vivendo o bom humor do Tiririca. Então vamos ver quando a vaidade vai cansar e o bom senso vai prevalecer”, finalizou.

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